quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O QUE É CONDROMALÁCIA?

Se você corre, pedala, joga tênis ou futebol, provavelmente já ouviu falar em condromalácia patelar. Isto porque esta é uma lesão muito comum nestes esportes e por isto é também conhecida com “joelho de corredor” ou “síndrome da dor patelo-femural”.
A condromalácia patelar é uma doença crônica degenerativa na cartilagem da patela (antes conhecida como rótula), que causa dor ao subir e descer escada, ao levantar de uma cadeira, ao agachar-se ou quando o joelho fica flexionado por muito tempo. Outros sintomas são as crepitações e os estalos, muitas vezes audíveis, e os edemas (inchaço devido ao acúmulo de líquido sinovial durante o processo inflamatório).

Algumas pessoas têm predisposição a apresentar este tipo de lesão devido ao que se chama de desalinhamento da patela, ou seja, ao fletir e estender o joelho, a patela desloca-se para os lados, aumentando seu atrito com o fêmur, causando o enfraquecimento e o amolecimento da cartilagem. As mulheres costumam ser mais susceptíveis a tal lesão, pois, em geral, possuem o quadril mais largo.
Além do exame clínico, o diagnóstico mais detalhado da condromalácia é feito através de uma Ressonância Nuclear Magnética para orientação quanto ao estágio da lesão e ao tipo de tratamento.
Existe uma classificação feita por Outerbridge (1961), de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem:
Grau 1: amolecimento da cartilagem e edemas.
Grau 2: fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro < 1,3cm.
Grau 3: fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm.
Grau 4: erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral.
O tratamento é geralmente feito associando analgésico com antiinflamatório, além de um programa de reabilitação individualizado, já que existem causas e graus diferentes. É primordial o fortalecimento dos músculos quadríceps e vasto medial para equilibrar as forças atuantes sobre a patela, executando exercícios com um grau de dificuldade progressiva. E, nos casos mais graves, também é necessária intervenção cirúrgica.
É imprescindível fazer uma avaliação com um ortopedista e com o seu fisioterapeuta ou personal trainer, para receber o tratamento correto. Jamais faça exercícios em academias sem a assistência de um professor de Educação Física.

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